Resenha: Um Amor Escandaloso

Um amor escandalosoTítulo: Um Amor Escandaloso

Título Original:  A Little Scandal

Autora: Patricia Cabot (pseudônimo de Meg Cabot)

Editora: Record

Páginas: 378

Ano: 2015

Sinopse: Quando a bela Kate Mayhew é contratada como dama de companhia de Isabel, filha de Burke Traherne, o marquês de Wingate se vê numa situação complicada. Por um lado, tem consciência de que a Srta. Mayhew é exatamente o que a jovem precisa, mas, ao admiti-la em sua casa, o marquês é obrigado a controlar a atração que sente pela moça. O grande inconveniente é que o cargo que ela ocupa a impede de se tornar uma de suas amantes. E Burke vive sobre o juramento de nunca mais se casar, depois de ter flagrado a ex-esposa num ato de traição. Já a Srta. Mayhew não consegue parar de pensar em um homem pelo qual jurou nunca se apaixonar, e esconde um escândalo do passado. Ousará a bela moça lutar contra seus desejos e os fantasmas que parecem persegui-la? O homem que frequenta seus sonhos mais despudorados e o que habita seus piores pesadelos aproxima-se cada vez mais, e ela não sabe por quanto tempo mais conseguirá suportar.

Li este livro em apenas um dia. Porém não se enganem, eu não o li tão rápido por estar tão imersa na leitura que não conseguia largá-lo, na verdade, o único motivo para lê-lo tão rápido, foi apenas para riscá-lo logo de minha lista de leitura.

Um Amor Escandaloso conta a história de Kate Mayhew, uma ex-dama da alta sociedade londrina que agora passa seus dias a se esconder  da sociedade no qual foi integrada um dia, por causa de uma tragédia seguida de um escândalo que ocorreu a sua família. Ela então passa a trabalhar como governanta de famílias em ascensão, pois é muito boa cuidando de crianças. Um dia, porém, tudo muda quando Kate vê um homem colocando uma garota aos gritos em cima de seus ombros, e ela tenta socorrê-la, sem saber que a garota e o homem em questão são Burke Traherne, o marquês de Wingate, e sua filha Isabel. Quando Burke Traherne descobre que a garota insolente que o ameaçou com um guarda-chuva (Kate) também trabalha como governanta e que é muito boa no que faz, ele imediatamente resolve contratá-la para cuidar de sua filha adolescente.

Agora vamos fazer uma conta bem simples: o que dá uma jovem leitora voraz, determinada e romântica mais um homem que não acredita em amor ou em relacionamentos, fora os puramente carnais?

Isso mesmo que você pensou.

Bom, se acompanham o blog, já conhecem meu amor incondicional pela escrita impecável da maravilhosa Meg Cabot, uma das minhas escritoras preferidas, não apenas por suas histórias fascinantes, por mais clichês que sejam, mas por sua forma maravilhosa de inovar em todas as suas obras, sempre colocando algum detalhe que as diferencie do mar de romances que existe espalhado por ai. Sem falar em seus personagens sempre encantadores, únicos e excepcionais.

Porém, com certo desagrado, admito que Meg Cabot errou um pouco a mão ao escrever Um Amor Escandaloso. A história não é ruim, longe disso, é muito boa e foi muito bem escrita, porém diferente das outras obras da autora, ela não pareceu ter a preocupação de fugir dos clichês do gênero. Eu não senti que estava lendo Meg Cabot, mas sim uma das centenas de obras ambientadas em cenários clássicos escritos por diversos autores. Não houve qualquer inovação, tudo aconteceu exatamente como em outras obras do gênero. Isso não quer dizer que não senti o dedo da autora em algumas cenas, fazendo das mesmas, únicas, porém senti falta de seus recursos para fugir de clichês no decorrer da trama deste livro.

(Spoilers) Era realmente necessário que Burke e Kate ficassem 2 meses separados? Sem que nenhum dos dois movesse um único dedo, para que depois ele descobrisse que (opa!) ela estava grávida dele? E depois de tanto sofrimento, quando ele enfim admite estar apaixonado por ela, para que tanto cu doce? Única parte que fugiu do clichê, foi Daniel tentando matá-la no final, porém até mesmo essa cena poderia ter sido prolongada, dando mais aflição ao leitor e satisfação quando o conflito se resolvesse. Meg Cabot nem sequer nos agraciou com a narração exata da morte deste crápula. (Fim dos spoilers).

Por favor, apesar de meu desagrado com alguns fatos da história, não achem que eu não a apreciei em absoluto. Um Amor Escandaloso, como eu já havia dito acima, é um ótimo livro, com uma boa história, um bom romance e uma ótima escrita. Porém se procuram algo inovador, não acharão aqui. Recomendo esse livro para quem busca um livro leve, fluido, previsível e com poucos desdobramentos, porém com um romance bem feito e gotejando química entre os envolvidos.

” – Alguns livros são tão bons que merecem ser lidos muitas vezes. Cria-se um vínculo com eles. Eles passam a ser… Eles se tornam a sua família.
– Família? – repetiu Isabel.
– Sim. Quando os lê tantas vezes, começa a pensar neles como se fossem parentes confiáveis, amorosos, que jamais a desapontarão. Abri-los de novo é como fazer uma visita a uma tia querida, ou aninhar-se no colo de um avô amado.”

Capa: 9,4

Originalidade: 8,0

História: 8,5

Personagens: 9,5

Nota: 8,7

 

Giovanna Monteiro

Passatempo: Click Your Heart

cyhTítulo: Click Your Heart

Título Original (Coréia do Sul): Keullik Yueo Hateu

Formato: Web drama

Rede de Transmissão: Naver TVCast & MBC Every1

País: Coréia do Sul

Ano: 2016

Episódios: 07

Sinopse: Uma menina estranha que vira a cabeça de Da Won, Ro Woon, Cha Nin e de Ju Ho de cabeça para baixo, nessa série única onde interativamente “se escolhe a própria aventura” unindo AOA e Neoz numa linda melodia de romance na escola.

Olha quem voltou! Depois de oito meses aqui estou, finalmente, atualizando o blog. Desculpem a demora.

Depois de todo esse tempo, vocês provavelmente estão esperando pela resenha de algum livro, certo? Porém por estar tão viciada nesse mundo dos doramas, pensei em voltar e fazer essa primeira resenha de 2016 com meu mais novo vício: Novelas coreanas.

Click Your Heart é um web drama, ou seja, um super mini drama. Dramas/Doramas normalmente têm de 16 a 20 episódios de uma hora cada, já os web dramas normalmente tem menos episódios de 15 a 20 minutos cada. Click Your Heart por exemplo, tem 7 episódios com 13 a 15 minutos, ou seja, dá pra ver muito rápido. (Inclusive, tem na netflix, o que facilita muito a sua vida).

Tenho certeza que essa sinopse acima ficou um pouco confusa, então explicarei melhor do que se trata a fofura que é Click Your Heart: Min Ah é a protagonista completamente azarada que tem a fama de destruir tudo o que toca, a história começa com ela chegando em uma nova escola e se encontrando com 4 garotos, cada um com história e personalidade diferentes, então assistimos o primeiro episódio e no final decidimos qual episódio queremos ver para continuar a história do nosso jeito. Como assim? O web drama é interativo, ou seja, nós é quem decidimos o rumo da história e com qual garoto a Min Ah deve ficar no final.

Ainda não entendeu? Imagine que no episódio piloto ocorra alguma interação com determinados 2 personagens, então quando o episódio acaba mostra uma plaquinha como se fosse um menu de jogo, então dependendo da sua escolha de personagem, você assiste o episódio 2 ou o 3, então a partir do episódio que você escolher, vai ter outra escolha pra você assistir ou o 4 ou o 5 e assim por diante até que você chegue no episódio desejado e a personagem fique com quem você escolheu.

Uma foto do esquema do web drama pra você entender melhor:

click your heart 2

A história A-1 é de um jogador de baseball chamado Ro Woon, um garoto um pouco rude e egocêntrico. A A-2 é sobre Da Won, o amigo de infância de Min Ah que é apaixonado por ela desde sempre. A B-1 é sobre o lindo Ju Ho que teve uma história no passado com nossa protagonista. E a ultima B-2 é sobre Cha Nin um dançarino animado e um pouco excêntrico, porém não se engane, essa é a história mais emocional de todas as quatro.

Eu, por ser extremamente curiosa, experimentei cada final, os meus preferidos sendo o  B-1 e o A-1.

O web drama é curtinho e bem feito, as histórias se desenrolam bem rápido e em menos de 1 hora dá para assistir os 7 episódios e experimentar cada final. Se estão a procura de uma coisa leve e rápida de assistir, acabaram de achar. Como eu já havia dito, tem esse web drama na netflix, porém caso não consiga ver por lá, também está disponível pelo dramafever.

Pôster: 8,4

Roteiro: 8,7

Atuação: 8,9

Criatividade: 9,5

Nota: 8,8

Giovanna Monteiro

 

Resenha: No Mundo da Luna

NoMundodaLuna

Título: No Mundo da Luna

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Páginas: 476

Ano: 2015

Sinopse: A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?
Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.

Olá meus amores. Voltamos com as resenhas!

Este é mais um livro da Carina Rissi, uma escritora brasileira que eu tenho acompanhado com muita alegria. Li todos seus livros laçados (em breve farei resenha também de outro livro dela: Encontrada – Perdida#2). Se leram as resenhas que eu fiz sobre Perdida e Procura-se Um Marido, sabem o quanto eu gosto da senhora Rissi e o quanto admiro sua escrita apesar de compará-la inúmeras vezes com fanfics da internet.

Quando terminei de ler No Mundo da Luna eu ainda me sentia como se estivesse finalizando uma fanfic, mas isso por conta do final, que, é óbvio, não vou contar, vocês vão ler sozinhos e, possivelmente terão uma opinião diferente da minha.

O livro conta a história de Luna, uma jornalista que trabalha como recepcionista em uma revista chamada Furos&Fatos, porém, que não se sente satisfeita com esse emprego, pois sonha em ter sua própria coluna e realmente ser reconhecida como jornalista. A leitura vai nos levando aos poucos para cada angulo da vida dela, onde conhecemos Sabrina, a melhor amiga com quem ela divide o apartamento onde vive, a desastrosa vida amorosa onde o ex a traiu inúmeras vezes, a família cigana que ela “renega” e o emprego, onde temos o – suspiros – Dante Montini, chefe de Luna, que vive ignorando ela, e quando conversa com ela, a chama pelo nome errado, Clara. Claro que como em toda história que se preze, tem que existir o interesse amoroso, que nesse livro é Viny, um fotógrafo fazendo bico na Furos&Fatos.

A coisa toda começa a se desenrolar, quando, ao perderem alguns funcionários para uma revista inimiga, Dante manda Luna escrever a coluna de horóscopo da revista. Ela aceita a coluna, mesmo não sabendo nada sobre horóscopo e astrologia, então vai até uma loja esotérica e compra um “poderoso” baralho de tarô, e com ele começa a fazer a leitura semanal dos signos assinando com o nome de “Cigana Clara”. Pelo fato de Luna ter família cigana e também de sua própria avó ter magia, ler a sorte em borra de café/chá, ler cartas, mãos e todas essas coisas, ela tem certa magia também, o que faz com que ela acerte em todas suas previsões do horóscopo, mesmo não acreditando nisso nem por um segundo.

Não vou falar mais sobre a história, pois então acabarei dando spoilers e não é isso que eu quero. A história é narrada em primeira pessoa por nossa mocinha, Luna, que é totalmente pirada, igual todas as personagens que a Carina Rissi escreve. Sério. Tem coisas que a personagem fazia ou pensava que meu queixo ia ao chão e eu pensava “não acredito que ela fez isso”. Outra coisa que me chamou atenção no livro, foi o fato de que havia, em todo final de capítulo, a transcrição completa da matéria de horóscopo que Luna escrevia, bem bonitinho e bem estruturado, como se publicado em uma revista mesmo..

A escrita foi leve e fluída, como todos os outros 3 livros desta escritora. Não lembro de ter visto qualquer erro de coesão ou coerência, comuns em fanfics (sim, eu sei. Mas nada tira da minha cabeça a semelhança), os personagens foram ótimos, apesar de eu não me importar nenhum pouco com a morte de um ou dois personagens secundários (Oh sim, Alexia e Viny, estou falando de vocês). Dante, desde a primeira vez que Luna o descreveu e o xingou de diversos nomes, eu me apaixonei. Tão injusto.

E a própria Luna, apesar de ser uma boa personagem e bastante divertida, chegou a me irritar muito diversas vezes, simplesmente pela forma estourada e imatura com que ela agia de vez em quando, sem qualquer motivo, ou até tinha motivos, mas estes não eram bons o suficiente para o escândalo que ela fazia. Também me irritava seu constante estado de negação, ou quando ela pegava sinais certos e o desviavam completamente para a pessoa errada – vocês entenderam quando lerem – e também o fato de que ela simplesmente chegava tão na beirada de colocar tudo a perder que eu queria matá-la durante a leitura do livro. Claro, isso durava apenas até ela fazer alguma coisa legal ou engraçada, ai eu a perdoava totalmente.

Enfim, gostei muito da história e a recomendo para amantes de romance que querem algo mais leve, mas ao mesmo tempo uma leitura apreciativa. Leiam, recomendo.

“Quando te convidam para o paraíso, é loucura se recusar, por isso fiquei abraçada a ele.”

Capa: 5,5

Originalidade: 8,2

História: 8,5

Personagens: 9,0

Nota: 8,8

Giovanna Monteiro

P.S.: (SPOILERS: NÃO LEIA SE NÃO QUISER):

Por que, diabos, algumas autoras sentem necessidade de apressar as coisas no decorrer da história? O casal não está junto nem há um mês, mal descobriram que se amam, já vão casar, ter filhos, cachorro, cerquinha branca (exemplificando apenas) e toda essa palhaçada. O que há de errado com uma simples história que simplesmente acabe com dois personagens juntos, se amando, com um futuro inteiro pela frente? Deixem no ar. Adoro imaginar o futuro de personagens que amo – Jesse e Suzannah de A Mediadora são um bom exemplo disso – então não estraguem isso para mim, por favor.  Claro, que isso é minha opinião, a de vocês talvez seja diferente.

Resenha: O Menino Da Lista De Schindler

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Título: O Menino Da Lista De Schindler

Título Original: The Boy on the Wooden Box

Autores: Leon Leyson com Marilyn J. Harran e Elisabeth B. Leyson

Editora: Rocco

Páginas: 253

Ano: 2014

Sinopse:  O menino da lista de Schindler acompanha a trajetória de Leon Leyson, o mais jovem integrante e um dos últimos sobreviventes da famosa lista de judeus salvos pelo empresário alemão Oskar Schindler durante a Segunda Guerra Mundial. Intenso como O diário de Anne Frank, o livro chega ao Brasil pelo selo Rocco Jovens Leitores depois de alcançar a prestigiosa lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, e oferece uma perspectiva única do Holocausto. Um relato emocionante, corajoso e humano que precisa ser contado às novas gerações.

Maravilhoso, indescritível e incrível.

Não tenho palavras para descrever a chocante e inacreditável trajetória de Leon Leyson.

A história é baseada em fatos reais e conta sobre a vida de Leib Lejson (que mais tarde muda o nome para Leon Leyson). Com apenas dez anos de idade, ele presencia de perto os horrores da Segunda Guerra Mundial.

O livro começa contando da infância de Leon em uma cidadezinha no interior da Polônia, Narewka. Apesar da vida simples, ele vive feliz com seus pais, Chanah e Moshe, e seus quatro irmãos: Hershel, Tsalig, Pesza e David, tomando banho de rio, indo à Sinagoga ,perto de seus tios e avós e brincando com diversos amigos. Quando seu pai resolve trabalhar na cidade de Cracóvia, a muitos quilômetros de Narewka, ele fica triste, mas esperançoso pois o pai promete que quando estivesse em condições todos iriam morar na cidade com ele.

Quando finalmente chega o esperado dia de mudar para Cracóvia, a família toda pega um trem e vai em direção à cidade. Chegando lá, eles se espantam com os prédios, bondes e todas as coisas que a cidade grande proporciona.

A vida na cidade é uma maravilha, até que começa a guerra. Quando os alemães tomam Cracóvia, todos os judeus começam a ser perseguidos e sofrem as mais variadas violências e injustiças. Judeus antes ricos perdiam todos os bens, que se tornavam propriedade alemã, mas isso não era o pior. Mortes e espancamentos marcam apenas o início da invasão nazista.

A trama é incrível, e de tão realista nos faz pensar se é possível mesmo que tenha acontecido tantas atrocidades a um menino tão jovem. Sempre me interessei por livros que tem como cenário o Holocausto, e ler uma coisa real, que realmente aconteceu, foi uma experiência incrível.

O diferencial de O Menino da Lista de Schindler é que nós acompanhamos de perto os horrores do que aconteceu aos judeus, os campos de concentração, a existência de guetos, que separavam os judeus do resto da cidade. Nos guetos, a cidade era rodeada por altos muros e as entradas eram vigiadas vinte e quatro horas pelos nazistas. Lá as pessoas passavam fome e  havia a disseminação de diversas doenças. No caso de Cracóvia, quinze mil judeus foram espremidos em um lugar cuja capacidade era cinco mil. Mas o mais bonito é observar que esses judeus lutavam para manter a humanidade, artistas retratavam peças de teatro, músicos tocavam, e para mim isso é uma forma linda de mostrar que apesar de tudo dá para manter o mínimo de respeito e humanização.

Quando os nazistas começam a mandar as pessoas para os famosos campos de concentração, é que Oskar Schindler se torna um herói. Desafiando a sorte, ele faz uma lista onde constam o nome do pai (que já trabalhava para Schindler, por tê-lo impressionado com suas habilidades), da mãe, de David, Pesza e Leon para literalmente salvar mais de mil e duzentos judeus dos horrores dos campos de extermínio. Em uma parte do livro, Leon cita a definição que um acadêmico deu para herói, que um herói é um ser humano comum que “faz a melhor coisa no pior momento”. Isso define o ato corajoso de Schindler.

A autobiografia de Leon é um daqueles livros que mudam a sua forma de ver o mundo quando termina. Você avalia o quanto a sua vida é boa comparado ao que viveram milhões de pessoas no tempo da guerra, e que essas mesmas pessoas não abaixaram a cabeça e sucumbiram a desistência. É uma história que nos faz ter uma força de vontade para continuar impressionante.

Simplesmente esse é agora um dos meus livros preferidos. Estou literalmente encantada!

Capa: 8.5

Originalidade: 10

História: 10

Personagens: 10

Nota: 10

Giovana Araujo

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Resenha: Quando Cai o Raio

CaiRaio_CapaTítulo: Quando Cai o Raio

Título Original: When Lightning Strikes

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Páginas: 272

Ano: 2011 (Brasil) – 2003 (EUA)

Sinopse: Mandaram que eu escrevesse um relato, em primeira pessoa, sobre o que aconteceu comigo, falando toda a verdade e nada mais do que a verdade. Então tá. O que aconteceu comigo: fui atingida por um raio. Tudo culpa da Ruth, que resolveu que queria voltar da escola andando, para queimar uns quilinhos… Acabou que eu é quem fui queimada. Ninguém acreditou em mim, nem eu mesma, pra ser sincera. Eu não estava me sentindo mal, não tinha nenhuma marca ou machucado… Nem estava chamuscada! Mas logo as coisas começaram a mudar. Quando acordei no dia seguinte, de alguma forma sabia onde estavam as duas crianças cujas fotos estampavam a caixa de leite, aquelas do Disque-Desaparecidos, sabe? Pois é. Eu tinha certeza absoluta sobre onde elas estavam. O problema é que eu achava que estava fazendo uma coisa boa! Liguei para o Disque-Desaparecidos e avisei à simpática senhorinha onde estavam essas duas crianças, e depois mais outras… Até que dois não-tão-simpáticos agentes federais apareceram na minha escola para conversar comigo. Até parece! Agora sou foragida da justiça, tenho que ajudar um dos meninos que foram encontrados e ainda preciso disfarçar o quanto o motoqueiro da sala de detenção mexe comigo… Ainda bem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar… Certo?

Eu li a série Desaparecidos pela primeira vez faz alguns anos, totalmente em pdf antes de ser lançada no Brasil e com a tradução tosca “1-800-ONDE-TA-VOCE”, que é como eu chamo a série até hoje. Reli o primeiro livro da série, Quando Cai o Raio faz alguns meses, encontrando-o totalmente por acaso em um livraria local, e só posso dizer que ele é tão bom quanto eu me lembrava.

Como de costume, preciso frisar o fato de que esse é mais um livro de Meg Cabot, uma de minhas escritoras preferidas, então sou totalmente suspeita quando me refiro a ela. E não é sem motivos, afinal ela é uma escritora maravilhosa e até hoje nenhuma de suas obras me decepcionou, porém, quando decepcionar, eu serei a primeira a dizer, acreditem.

Quando Cai o Raio conta a história de Jess Mastriani, uma garota que era comum, até o dia em que é atingida por um raio e passa a sonhar com a localização exata de crianças desaparecidas. “Normal” é um eufemismo, já que Jess já não era tão normal assim mesmo antes de ser atingida pelo raio, uma garota baixinha, com cabelo curto (curto mesmo), com grandes chances de ser uma futura lutadora de vale-tudo e que passava mais tempo em detenção do que qualquer outra coisa, enfim, Jess nunca foi uma garota muito normal.

Logo no início do livro vemos Jess batendo em um cara maior que ela para proteger sua amiga Ruth de algumas ofensas, percebemos daí que estamos de cara com uma personagem forte que promete não decepcionar, o melhor é perceber que Jess não é burra, tem respostas afiadas na ponta da língua e um punho de ferro, o que só tem a acrescentar em uma, já ótima, história. O livro segue, totalmente narrado em primeira pessoa por Jess como em um relato, onde ela conta cada pequeno detalhe de como ela saiu da escola e Ruth sugeriu que elas fossem caminhando para casa, mesmo o céu estando obviamente escuro e dando indícios de tempestade, quando começou a chover elas se esconderam nas arquibancadas de metal (péssima ideia) e foi assim que Jess acabou sendo atingida por um raio.

Na manha seguinte ela acorda sabendo a localização de um menino que estava com o rosto estampado na caixa de leite, um “desaparecido”, e ela liga para o disque-desaparecidos apenas para saber se seu sonho era real. Acontece que era, então a partir dai Jess passa a ligar para o disque-alguma-coisa praticamente todos os dias para dizer a localização das pessoas que sumiam e tinham seu rosto estampado em algum lugar. Mas é claro que as coisas dão um pouco errado e o governo passa a se interessar por ela e pelo “dom” dela.

Mas a história não gira apenas em torno disso, mostrando como Jess acaba se envolvendo pessoalmente com uma criança que ela “encontrou”, mas que não queria ser encontrada, sem falar na parte romântica que não pode faltar em qualquer livro que se preze. Estou falando de Rob, o motoqueiro “caipira” mais gato de todos os tempos (sim, eu posso exagerar, me deixe) que dá em cima de Jess… Até perceber que ela é menor de idade. Oh, mas não se preocupem, isso não impede ela de querer ele. Mas, infelizmente Rob não aparece tanto nesse primeiro livro, deixando o destaque para a própria Jess e alguns outros personagens que você vai conhecer quando ler.

A narrativa é perfeita, digna de Meg Cabot, e os personagens são maravilhosos. Principalmente Jess, que é uma das minhas personagens principais preferidas de sempre, afinal ela é forte, altruísta, sarcástica e impulsiva, como eu poderia querer mais? Ruth é engraçada e uma boa amiga, apesar de implicar um pouco com o interesse de Jess por Rob, apenas por ele ser um “caipira” (que quer dizer apenas que ele mora na parte rural da cidade e que seus pais não são médicos/advogados/donos de empresas, o que não é grande coisa pra mim, ou para Jess). Também temos a família de Jess, mas se eu for falar deles, passarei meia vida aqui, então digamos apenas que eles são únicos também.

Recomendo esse livro para todo e qualquer fã da Meg Cabot, e para quem não é também. Um livro pequeno e leve, pode ser lido rapidamente e garanto que não vai se arrepender. A série Desaparecidos tem 5 livros, não sei quantos dos 5 foram traduzidos para o Brasil, mas eles podem ser facilmente achados em pdf. Leiam.

“– Sabe o que o governo fazia? – Sean estava a toda. – Treinavam golfinhos para nadar até os navios e bater neles com os focinhos. Depois, quando a primeira guerra mundial começou, amarravam bombas nas costas dos golfinhos e os faziam nadar até os navios inimigos e tocá-los com os focinhos. Mas, dessa vez, quando eles faziam isso, o que você acha que acontecia? As bombas explodiam, e os navios inimigos e os golfinhos também. Ah, claro, todo mundo diz “pense em quantas pessoas teriam sido mortas por aquele barco se ele não tivesse explodido. Os golfinhos deram a vida por uma causa louvável”. Mas aposto que o golfinho não pensava assim. O golfinho não começou a guerra. O golfinho não tinha nada a ver com ela.” Sean falando que Jess é um golfinho

Capa: 7,0 (a capa americana é melhor. Mas não muito, pois é em desenho)

Originalidade: 10

História: 10

Personagens: 10

Nota: 9,8

Giovanna Monteiro

Resenha: Tamanho 44 Também Não é Gorda

tamanho-44-tambc3a9m-nc3a3o-c3a9-gordaTítulo: Tamanho 44 Também Não é Gorda

Título Original: Size 14 Is Not Fat Either

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Páginas: 415

Ano: 2009

Sinopse: A ex-estrela pop Heather Wells está de volta, e como de costume vai se envolver em uma perigosa investigação. Ela é inspetora de um dormitório feminino da universidade de Nova York, e está acostumada com festas e brincadeiras estranhas das estudantes. Quando jovens começam a aparecer mortas no dormitório, Heather acha que pode ajudar, como já fez no passado. Mas quem está por trás desses assassinatos fará de tudo para se proteger e uma inspetora gordinha não ficará em seu caminho.

Olá, leitores. Estou aqui novamente com outro livro da diva Meg Cabot, que nunca deixo de elogiar pela criatividade e a simplicidade de sua escrita.

Aviso: Pode conter spoilers do livro anterior. 

Tamanho 44 Também Não é Gorda é a continuação do livro Tamanho 42 Não é Gorda (você pode ler a resenha dele aqui), e é um livro igualmente maravilhoso. No livro anterior conhecemos a antiga cantora pop teen Heather Wells, vimos como é sua vida trabalhando em um alojamento estudantil comum, exceto por um pequeno detalhe: pessoas continuam morrendo ali. Seja por serem jogadas em um poço de elevador por uma stalker maluca ou, no caso desse segundo livro, por terem suas cabeças cortadas e colocadas dentro de uma panela.

Heather no começo não quer se envolver em um novo caso de assassinato e todos ao redor dela disseram para que ela se mantivesse afastada, só que, é claro, Heather se envolve. Afinal ela não pode ficar parada enquanto garotas morrem em seu alojamento. Porém não vou falar de como ela passa a investigar esse caso, pois acredito que vocês, que se interessarem pela história, vão gostar muito mais de acompanhar isso sem spoilers arruinando tudo. Só posso dizer que é inusitado, todos os passos da investigação, e é engraçado, com certeza.

Heather não perdeu muito da sua personalidade no segundo livro, apesar de ter engordado um pouco, mas, ei, como diz o título do livro: tamanho 44 não é gorda, de jeito nenhum, então não julguem. Ela ainda é impulsiva, tem pensamentos loucos e ainda deveria, absolutamente, jogar Cooper contra a parede e agarrar ele. O romance continua na enrolação, nesse segundo livro, o que me lembra um pouco A Mediadora (spoiler paralelo: onde o casal só fica realmente junto no livro 5), mas espero que não demore tanto para Cooper e Heather ficarem juntos, porque, sinceramente, eu não teria a menor paciência.

Os personagens continuam fabulosos ao estilo Meg Cabot, apesar de Cooper confundir nós, leitores, e Heather com seus sinais totalmente confusos, quando sabemos que obviamente ele gosta dela, mas não diz nada que realmente mostre isso e ainda tem a capacidade de dizer que não quer ser o primeiro homem na vida dela depois que ela terminou com o ex. Então, para Tamanho Não Importa (próximo livro da série) peço, ou melhor, imploro por um bombardeio de atitude e sinceridade, não apenas da parte da Heather, mas de Cooper também. Afinal não seria pedir demais um pouco de contato físico, ou seria?

Falando em personagens, temos um personagem novo! Finalmente conhecemos o pai da Heather, senhoras e senhores. Normalmente sou completamente alheia a personagens secundários e não tão significativos na história, mas acho que ele não é de todo mal, então fiquem tranquilos.

Quanto a escrita, a narrativa e o enredo que leva toda a história até seu final, não tenho muita coisa a reclamar. A narrativa de Meg Cabot é sempre impecável, leve e engraçada. Qualquer um de seus livros, por mais pesados que sejam o tema (a cabeça da líder de torcida na panela que o diga) conseguimos levar a leitura numa boa, e nem percebemos que chegamos ao final até estarmos lá. É uma leitura rápida e divertida para qualquer pessoa.

Recomendo para fãs da Meg, e para aqueles que leram o primeiro e estão com o pé atrás em continuar a série. Vá em frente e leia. Sério.

“Existem muitos tipos diferentes de família hoje em dia, pai. Nem todos são formados por marido, mulher e filhos. Algumas são formadas por uma mulher, uma cachorra, um detetive particular, o pai dela, a melhor amiga dela e as várias pessoas com quem ela trabalha. Isso sem falar no traficante de drogas da rua. Para mim, se você gosta de alguém, essa pessoa já se torna automaticamente parte da sua família, não?” Heather

Capa: 8,0

Originalidade: 9.8

História: 10

Personagens: 9,9

Nota: 10

Giovanna Monteiro

Passatempo: American Horror Story – Murder House

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Título:  American Horror Story – Murder House

Formato: Série

Canal: FX

Criadores: Ryan Murphy e Brad Falchue

País: EUA

Ano: 2011

“Os Harmons estão enfrentando muitos conflitos em sua nova casa; O principal decorrente do adultério de Ben Harmon e das consequências posteriores com sua esposa Vivien e sua filha Violet. Outros conflitos incluem o comportamento intrusivo dos vizinhos Constance e Adelaide, bem como intrusões de um dos pacientes do Dr. Harmon, Tate. Uma parada de visitantes misteriosos para seu lar assombrado, incluindo a cicatriz Larry Harveyfaz o primeiro ano dos Harmons em Los Angeles ser muito perigoso. A casa parece ter uma história viva, que vai desde assassinatos brutais à manifestações demoníacas, e parece ter vontade própria.”

Devo dizer que enrolei para chegar ao fima da primeira temporada desta série incrível. Vacilo meu, porquê a série agora é uma das minhas favoritas! A história é simplesmente excelente!

Após perder um bebê de forma dramática, Vivien descobriu que seu marido, Ben, estava traindo-a com uma de suas alunas. Disposta a perdoá-lo, ela se muda com ele e sua filha, Violet, para uma bela e espaçosa casa construída em meados de 1900. Por ser muito grande, a casa era perfeita para Ben, porquê ele poderia atender seus pacientes em casa(ele é psiquiatra).  Vivien descobre mais tarde que a casa é rodeada de eventos macabros de assassinatos e desparecimentos, e que ela está incluída no Tour do Horror que tem em sua cidade,  que visita lugares considerados assombrados, e é chamada de Murder House. Chocada com essa descoberta, ela até tenta vender a casa, porém ninguém quer morar na “Casa dos Assassinatos”.

A série é eletrizante desde o primeiro episódio! Cada episódio inicia-se contando a história de algum assassinato que marcou a casa, e assim vamos conhecendo aos poucos cada personagem. Mas os principais são Vivien, Ben e Violet, a filha problemática do casal, que acaba se envolvendo com um dos pacientes de seu pai, Tate. Tem também Constance e Adelaide, as vizinhas que parecem possuir uma ligação com a casa de Vivien. Há também a empregada, que todas as mulherem veem como uma idosa cega, e os homens como uma sexy e sedutora mulher.

Eu adoro o gênero Horror, e claro que não poderia gostar não gostar de uma série tão bem feita com esse tema. Apesar de parecer clichê a ideia de uma casa “assombrada”, os criadores do seriado conseguiram abordar o tema de forma muito original. A cada episódio descobrimos um pouco dos misteriosos personagens que rondam a casa, e esse pouquinho que descobrimos nos faz ansiar o próximo episódio.

A única coisa que tenho a reclamar é a demora e enrolação para acontecer as coisas. Os diretores adoram “encher linguiça”, repetindo as mesmas coisas em muitos episódios. A temporada teria muito menos episódios e teria mais ação, não fosse por isso.

O final é totalmente inesperado, mas muito bem pensado. Depois da série inteira curiosos, finalmente descobrimos os segredos de Murder House. ótimo roteiro, e muita originalidade. Já iniciei a segunda temporada, Asylum, e assim que terminá-la posto aqui para vocês. E vocês? Qual a sua opinião acerca da primeira temporada dessa série que me encantou totalmente? Deixem nos comentários.

Pôster: 10

Roteiro: 9.5

Atuação: 9

Criatividade: 9.6

Nota: 9.8

Giovana Araujo

Crítica – Garota Interrompida

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Título: Garota Interrompida

Título Original: Girl Interrupted

Direção: James Mangold

Elenco: Winona Ryder, Elisabeth Moss, Angelina Jolie

País: EUA

Ano: 1999

Em 1967, após uma sessão com um psicanalista que nunca havia visto antes, Susanna Kaysen (Winona Ryder) foi diagnosticada como vítima de “Ordem Incerta de Personalidade” – uma aflição com sintomas tão ambíguos que qualquer garota adolescente pode ser enquadrada. Enviada para um hospital psiquiátrico, ela conhece um novo mundo, repleteo de jovens garotas sedutoras e transtornadas. Entre elas está Lisa (Angelina Jolie), uma charmosa sociopata que organiza uma fuga.

Simplesmente excelente!

Não tenho palavras para dizer o quanto amei esta película!

Neste filme, conhecemos Susanna Kaysen, uma jovem que após uma tentativa de suicídio é mandada para um hospital psiquiátrico, com o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline, uma doença em que ela vive no limite da normalidade e da loucura.

Não aceitando que possue uma doença, ela se junta à sociopata Lisa para a organização de uma fuga daquele lugar cheio de garotas transtornadas e doentes, cada uma com problemas diferentes.

Assisti este filme por mero acaso, estava escolhendo um filme no Netflix, vi esse e assisti sem expectativa nenhuma. Mas que acaso ótimo! Um dos meus filmes favoritos agora! Ainda mais porquê também tenho diagnóstico de TPB, me apaixonei mais ainda. Winona dá vida perfeitamente a uma paciente com essa doença, e nem preciso falar de como Angelina arrasou (como sempre) na pele de Lisa. Tanto que ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante com esse filme.

Eu recomendo triplamente esta obra! É uma história linda de superação, e no final duvido que você não derrame ao menos uma lágrima. Garota Interrompida foi para o hall de melhores filmes que já assisti na vida! Roteiro excelente, ótima fotografia e como já disse, grandes atuações! Susanna amadurece bastante ao longo dos dezoito meses que passa internada, e é incrível assistir o quanto ela vai aprendendo com as situações que passa.

O filme é baseado num livro de mesmo nome, que eu já comprei! Espero me surpreender ainda mais com o livro, e quando lê-lo postarei a resenha imediatamente aqui !

“Sei exatamente como é querer morrer, como dói sorrir, como você tenta se encaixar e não consegue. Como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro.”

Pôster: 10

Roteiro: 10

Atuação: 10

Criatividade: 10

Nota: 10

Giovana Araujo